A empresa de aluguel de motos Mottu tem sido alvo de críticas nas últimas semanas devido à pressão exercida sobre seus locatários, especialmente aqueles de baixa renda. Um caso em particular chamou a atenção, quando um locatário afirmou que a empresa tentou reter sua motocicleta, mesmo após o pagamento ser realizado.

Um locatário que não quis se identificar, entregador de motoPOP, relatou um incidente em que foi pressionado pela Mottu. Segundo ele, após realizar o pagamento do aluguel de sua moto às 10:26, ele recebeu um prazo até as 12:00 para efetuar o pagamento. No entanto, às 10:36, antes do prazo combinado, funcionários da Mottu chegaram para buscar a moto. O incidente ocorreu em sua residência, causando constrangimento ao locatário.

Indignado com a situação, o entregador registrou um boletim de ocorrência e pretende levar o caso à Polícia Civil, alegando má conduta por parte da empresa. Ele destacou que a motocicleta estava devidamente paga no momento da tentativa de retenção.

A questão também foi abordada em uma mensagem enviada à ouvidoria da Mottu, onde o locatário expressou sua insatisfação com o atendimento descortês e a falta de sensibilidade da empresa em relação a situações excepcionais, como possíveis atrasos nos pagamentos por intercorrências naturais durante o período de aluguel.

A Mottu, que se orgulha de sua eficiência na gestão tecnológica de seus serviços, enfrenta agora um desafio em relação à sua imagem pública e reputação.  A discussão em torno deste caso também trouxe à tona a responsabilidade das empresas em garantir sustentabilidade aos locatários de baixa renda. Enquanto a Mottu visa proporcionar uma solução de mobilidade acessível, a pressão exercida sobre os locatários coloca em xeque o compromisso da empresa em apoiar aqueles que enfrentam desafios financeiros.

O caso citado destaca a importância de um diálogo construtivo entre empresas e clientes, bem como a necessidade de políticas flexíveis que considerem as circunstâncias individuais dos locatários. A Mottu agora enfrenta a tarefa de reavaliar suas práticas e garantir que seus serviços atendam adequadamente às necessidades de todos os locatários, independentemente de sua situação financeira.