Na manhã desta quinta-feira, um pequeno grupo realizou um protesto que tentou inviabilizar a entrada na Universidade Federal do Maranhão (UFMA) e perturbar a tradicional Feira das Profissões. Mais de mil crianças e adolescentes, ansiosos por explorar futuras carreiras acadêmicas, foram afetados pela ação. A situação só não escalou para um caos completo devido à atuação firme da guarda patrimonial da universidade, que impediu a invasão.
Esse ato antidemocrático é um exemplo claro de que há indivíduos dispostos a desrespeitar os princípios da democracia quando não conseguem atingir seus objetivos politicamente. Esse episódio traz à mente eventos recentes em nossa política nacional.
Podemos fazer uma analogia com o ex-candidato Jair Bolsonaro, que perdeu as eleições presidenciais para Lula em 2022 e, posteriormente, seu grupo realizou protestos violentos em Brasília, invadindo e depredando a sede dos três poderes. Assim como esse pequeno grupo que tentou invadir a UFMA, Bolsonaro e seus apoiadores demonstraram um inconformismo que coloca em risco os princípios democráticos.
Esse ato na UFMA parece ter sido orquestrado por um mentor intelectual, como evidenciado em prints e áudios de conversas que circulam em grupos de WhatsApp. Tudo indica que o objetivo era criar tumulto para prejudicar a gestão e a nomeação do reitor eleito, Fernando Carvalho, apoiado pelo reitor atual, Natalino Salgado.
Em 2019, durante a última disputa pela reitoria da UFMA, um método semelhante foi usado pelo segundo colocado na eleição para tentar impedir a nomeação de Salgado. Agora, observadores acreditam que essa manobra fracassada pode se repetir. Com o término do mandato do atual reitor em novembro, Fernando Carvalho deve assumir o cargo para o quadriênio 2023-2027, após vencer a consulta prévia e ser homologado em primeiro lugar na lista tríplice votada pelo Colégio Eleitoral Especial da UFMA.
É preocupante que, indiferente à vontade da maioria da comunidade universitária, o representante do grupo derrotado incentive alguns estudantes a radicalizar e atuar como cúmplices de um movimento antidemocrático sob o pretexto de denunciar uma situação precária na instituição. Surpreendentemente, nenhuma pauta reivindicatória foi apresentada oficialmente à gestão da UFMA pelos estudantes, conforme afirmado em nota oficial da instituição.
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